Roberto Dias Duarte Advisor da Omie, Fortes Tecnologia, Darwin Capital e Latourrette Consulting (Portugal) RESUMO Assim como em qualquer área, os escritórios contábeis têm se visto em uma arena competitiva muito acirrada para captar e manter seus clientes por perto. Muitos escritórios pecam em não filtrar ou agrupar seus clientes de acordo com suas diferenças e similaridades, já outros escritórios mal sabem como colocar este projeto em ação, trazendo implicações, como o investimento equivocado em usuários que pouco acrescentam ao progresso e à receita da organização. A segmentação de mercado é uma estratégia de Marketing simples, que surge como uma opção viável e enriquecedora para que as equipes tenham melhor controle e conhecimento sobre seus consumidores, oferecendo com objetividade aquilo que lhes é mais interessante; essa estratégia permite que as equipes avaliem se os instrumentos, recursos e tecnologias presentes são suficientes para atendê-los com qualidade. Este estudo tece observações sobre quais características permitem as empresas a distribuírem seus clientes em nichos, além de exemplificar qual variável tende a ser mais inovadora e interessante para o faturamento das empresas. Palavras-chave: Segmentação de Mercado; Serviço Contábil; Marketing. INTRODUÇÃO O mercado é um campo amplo, formado por diversas entidades e instituições com desejos e metas diferentes, visando sempre atingir a satisfação do maior número possível de clientes. Lidar com uma esfera tão grande pode ser trabalhoso e ineficaz para a rotina e para os processos de algumas companhias, afinal ao se propor interagir com tantos perfis, há a possibilidade de acatar a prestação de serviços para clientes que pouco acrescentam no desenvolvimento da empresa ou até mesmo a desgastam. Dentro das estratégias que intencionam o sucesso das empresas, a segmentação de mercado permite reconhecer o que cada consumidor representa para a organização, além de identificar se a relação cliente-empresa é saudável, contribuindo para a satisfação do primeiro e a evolução do último. A Segmentação de Mercado é um conceito existente dentro do Marketing Estratégico que permite mais competitividade às empresas, pelo fato de saber exatamente o que oferecer e a quem, baseado nas suas similaridades. (BARBOSA, DIAS & WALCHHUTTER, 2015). Ao contrário do que muitos pensam, segmentar o mercado não está voltado apenas para selecionar quais clientes serão atendidos, mas principalmente em evitar propostas que estão fora dos interesses destes possíveis sócios. O setor de Serviços – no qual o ramo contábil está incluso – é um dentre os que mais sofrem com a competitividade, enfrentando dificuldade para consolidar-se no grande mercado, desta forma, é comum e sábio que os empresários envolvidos neste setor busquem e tracem estratégias mais precisas, que garantam boas estatísticas e crescimento. Cada segmento demanda conhecimentos, necessidades e estratégias diferentes. No que envolve à Contabilidade, Dias e Santos (2013 apud PINTO, 2017) consideram e testificam como o marketing pode influenciar na qualidade dos serviços prestados e na satisfação dos clientes, gerando consequências desejadas por qualquer profissional do setor, tais quais captação de novos consumidores, valorização da carteira, retenção, fidelização e solidificação de uma imagem profissional que torna a empresa diferenciada no mercado; influenciando no crescimento do faturamento. A IMPORTÂNCIA DE IDENTIFICAR CLIENTES E SEGMENTAR O MERCADO Se precisássemos resumir a segmentação de mercado em poucas palavras, poderia se dizer que esta é uma maneira de reconhecer quem são os clientes de uma empresa. Augusto & Junior (2015) citam Kotler (2003) para reforçar a dependência que as organizações têm por seus consumidores; além de valorizar a influência destes na manutenção de ativos, recursos e projetos no dia a dia da instituição. Observar quem ou o quê cada cliente representa não só impõe o sentimento de consideração e valia para estes consumidores, mas também demonstra que a companhia acompanhou a evolução de transferir o foco do produto ou serviço para aqueles que estão mais interessados. Clientes não querem tratamento como simples consumidores, por isso precisam ser devidamente identificados e suas necessidades averiguadas e atendidas. As empresas devem encarar os clientes como ativos financeiros a ser gerenciados com vistas à maximização de seus resultados, a exemplo do que ocorre com qualquer outro recurso. [...] Hoje, oferecer produtos de qualidade, preço justo não são diferenciais competitivos visto que, a concorrência é muito acirrada, e o que faz o diferencial entre os fornecedores disponíveis no mercado é justamente a competência em entender os fatores que decidem o valor e a satisfação para o cliente (AUGUSTO & JUNIOR, 2015, p. 03 e 04) Percebendo o quanto os clientes querem ser vistos em papel de importância, observa-se que os colocar em prioridade ao discutir e elaborar estratégias é uma tarefa crucial. Este cuidado com os clientes acontece desde a busca por suas opiniões, seus interesses, comportamentos e pelas maneiras pelas quais tais se relacionam com as organizações com as quais negociam ou buscam bens e serviços. Cada uma destas características, quando levadas a sério, permitem a construção de uma relação sólida, que abre margem para parcerias e alianças baseadas na confiança desenvolvida entre consumidor e fornecedor. Todo este processo de investigação e registro de perfil dos clientes poderá, provavelmente, se deparar com um obstáculo: a diversidade de perfis e interesses de cada consumidor ou grupo. Kotler e Keller (2012 apud Augusto & Junior, 2015) apontam como regra do mercado a existência dessas variações de perfil, que pode se tornar um desafio para as empresas, caso elas não se dediquem a estabelecer nichos baseado em características comuns desses públicos. Sobre o assunto, pode ser usar como referência a seguinte observação: O mundo é composto de bilhões de compradores, com seus próprios grupos de necessidades e comportamentos. Segmentação visa combinar grupos de compradores com o mesmo grupo de necessidades e comportamentos. O objetivo básico da segmentação é concentrar esforços de marketing em determinados alvos, que a empresa entende como favoráveis para serem explorados comercialmente, em decorrência de sua capacidade de satisfazer a demanda dos focos, de maneira adequada. Cada segmento deverá ser constituído por grupos de consumidores que apresentem o mínimo de diferenças entre si e o máximo de diferenças em relação aos demais segmentos. (AUGUSTO & JUNIOR, 2015, p. 10) Independentemente do quão diferenciado possa ser o perfil de um cliente, é possível limitá-los em grupos ou “segmentos” de acordo com características concretas e/ou abstratas tais quais sua localização, poder de compra, práticas de compra e até mesmo extensão do seu patrimônio. VARIÁVEIS IMPORTANTES PARA A SEGMENTAÇÃO DE MERCADO Como já apresentado, a segmentação de mercado é uma estratégia para adaptar as empresas para os desejos e interesses dos clientes disponíveis no mercado, selecionando as melhores maneiras e cursos para alcançar cada anseio destes consumidores. Isto traz vantagens tanto para às organizações, principalmente por possibilitar uma visão mais profunda de si em comparação às outras companhias que estão em competição no mercado; podendo sondar quais parecem prestadoras de bens e serviços é mais atrativa para a sociedade, como também trazem aos clientes, que possivelmente sentirão mais segurança, ao saber quais instituições podem ou não satisfazer aquilo que esperam. Porter (1985) contribui para a literatura definindo que cada segmento atrai do mercado, um planejamento e uma estratégia diferente, o que deveria levar as empresas a fixar duas questões antes de realizar qualquer abordagem: A) onde vale a pena competir – será que todos os segmentos valem o investimento e a competitividade? Quais “retornos” estão garantidos ao investir em tais nichos? B) as estratégias traçadas demarcam sustentavelmente cada segmento? – o planejamento traçado deixa bem definido cada nicho que se busca intervir ou se confundem, influenciando na abordagem de um outro grupo? –. Em complemento a estas questões, Wilkie (1990) discute que a segmentação produz “caminhos verdadeiros”, atendendo a três critérios: 1) identidade do grupo – os grupos que se formam devem apresentar características homogêneas; 2) comportamentos sistemáticos – devem compartilhar reações semelhantes ou ao menos, já esperadas, baseado nas estratégias planejadas; 3) ser um potencial – deve fortalecer a noção de eficiência da equipe de Marketing e da organização, isto é, deve mostrar resultados que validem e satisfaçam o investimento dedicado pelas organizações. Observando estas questões e estes critérios, muitos analistas começam a se questionar, então, qual seria a fórmula para segmentar o mercado ou que exemplos de perfil podem ser usados para distribuir os clientes em nichos sólidos. Wilkie (1990) sugere que características distintas podem se manifestar e ser úteis para definir segmentos; tais quais características pessoais do consumidor, benefícios por eles procurados, características comportamentais e muitas outras. Ferreira (2000) acredita que não há “fórmula secreta ou mágica” para que um analista ou uma equipe segmente o mercado; é necessário analisar o bem ou serviço que é oferecido: Os profissionais de Marketing devem encontrar a melhor maneira de segmentar o mercado e a forma de visualizar a estrutura do mesmo. As formas de segmentar, vão depender muito do tipo de produto comercializado e das exigências do mercado. Existem incontáveis maneiras para segmentar um determinado mercado, sobretudo se a empresa cogita combinar diversas formas. (FERREIRA, 2000, p. 06) Considerando que em sua maioria, o Serviço Contábil é consumido por outras empresas, é preciso destacar variáveis que englobem critérios que acentuem o papel destes clientes em seus próprios mercados. Nesta pesquisa, usam-se três modalidades, nas quais estes clientes poderiam estar classificados, sendo elas Variáveis Geográficas, Variáveis Demográficas e a terceira, um pouco mais objetiva do que as outras duas: Variáveis segundo a Receita Anual por Cliente. Para o ramo contábil, as variáveis geográficas são uteis para “responder perguntas pertinentes à localização dos clientes mais valiosos ou quais as estratégias de distribuição e promoção são mais eficazes em cada área” (KOTLER; KELLER, 2012 apud BOFF, 2017), além disso, agrupam características segundo a extensão territorial destes clientes; ou seja, se o alcance de suas transações, negociações tem uma abrangência maior ou menor que o município, por exemplo. A segmentação geográfica é o critério mínimo que pode ser esperado para a resolução de nichos de mercado, já que o alcance das ações do cliente, sua cobertura, concentração – região ou área onde maior parte de suas ações estão concentradas – e outros fatores, são dados fáceis de serem conseguidos, contudo, utilizar-se apenas desta variável torna as estratégias e abordagens um pouco pobres, privando a empresa de desenvolver as vantagens competitivas que tanto espera. Existem estudiosos que criticam o uso da base de segmentação geográfica afirmando que transmissões por satélite, redes globais de comunicação e a própria internet romperam todas as barreiras geográficas [...] Para aumentar ainda mais a efetividade da segmentação geográfica, uma alternativa a ser considerada é fazer a combinação de dados de variáveis geográficas com variáveis demográficas para complementar e dar melhor suporte às decisões de segmentação (BOFF, 2017, p. 60) Assim como as variáveis geográficas, as variáveis demográficas introduzidas por Boff (2017) são mais afetivas quando analisadas emparelhadas com outras modalidades ao invés de isoladas. As características demográficas embarcam valores, “estilo de vida” e características que possam ou não influenciar ou justificar a realidade ou o desenvolvimento da empresa. A nível de exemplo, pode se mencionar a idade ou o ciclo de vida da organização consumidora – se é uma empresa jovem ou antiga no mercado, quais suas capacidades de inovação e quais valores têm construído em sua atividade –; o perfil atendido pela empresa (a qual gênero, faixa etária, renda pertence o público explorado); padrões de compra, entre outros exemplos. Quanto aos padrões de compra, Gary Boomer apresentou em 2017 uma tabela que representa os níveis de serviços oferecidos pelos escritórios contábeis, na intenção de provocar aos contadores a reflexão de que tipo de serviço estava sendo comprado por seus clientes. Boomer estava ciente que a especialidade dos profissionais contábeis é e sempre será variado, que é necessário diferentes tipos de planejamento e investimentos para poder oferecer alguns serviços para seus clientes, mas o objetivo do gráfico era mostrar que alguns consumidores têm potencial para aquisição de serviços maiores e em algum momento, as organizações devem estar prontas para inovar e estar disponíveis para oferece-las. Figura 1 – Representação de Boomer (2017) a respeito dos níveis de serviço disponíveis em escritórios contábeis Adapatação do quadro de níveis de serviços de contabilidade Fonte: Dias Duarte, 2017. Disponível em https://www.robertodiasduarte.com.br/ciencia-comprova-escritorio-contabil-segmentacao/ A definição desses níveis mostra o quão importante e enriquecedor pode ser para as equipes de Marketing a segmentação de mercado. Foi através deste esboço que muitos escritórios puderam perceber que estavam presos ao nível técnico. Além disso, quanto mais alto o nível dos serviços, obviamente, prevê-se uma receita superior para os faturamentos das empresas – tanto a pagar, quanto a receber. Para as empresas que pretendem se manter competitivas e atrativas para o mercado, a inovação é sem sombra de dúvidas uma característica que define grandes diferenciais. Segundo Moore, a medida que os consumidores enxergam valor em um serviço ou bem novo, as vendas tendem a progredir, a tornam-se significativas, porém para conseguir este processo, tanto empresa quanto consumidor precisam ser inovadores, todavia, há um número muito maior de resistentes do que de inovadores; como exemplo disto, o autor ilustra um “ciclo de adoção de inovação” (Figura 2), onde vê-se a presença de 5 grupos ou perfis de grupos e como estes se comportam mediante à inovações. Figura 2 – Ciclo de Adoção à Inovação segundo Moore. Fonte: Dias Duarte, 2017. Disponível em https://www.robertodiasduarte.com.br/ciencia-comprova-escritorio-contabil-segmentacao/ À primeira vista, parece ser difícil interpretar o que cada um dos cinco grupos representa na escala de “interesse e adoção à inovação”, principalmente, quando se observa a presença destes espaços, nomeados falhas e abismos, contudo Moore traz uma interpretação para cada item Inovadores: não costumam resistir a inovações; costumam estar dispostos a se arriscarem com novidades, pois confiam que a tecnologia e os novos estudos surgem para tornar o mercado mais produtivo, mais desafiador e lucrativo. Visionários (Early Adopters): além de confiarem e estarem dispostos à inovações, observam quais vantagens competitivas podem ser providenciadas com a adoção de novas tecnologias ou abordagens. Pragmáticos (Early majority): são inovadores que só decidem investir após observar os resultados ou as implicações que a adoção por parte de outras empresas teve. Entre os cinco, é um dos mais interessantes a se conquistar, pois são produtores atentos apenas ao que lhes é produtivo. São investidores que se debruçam somente àquilo que com grandes chances de eficácia para a sua realidade. Atrasados: Vistos como conservadores, acatam a inovações manifestando um certo ceticismo ou apenas quando maior parte do mercado competitivo já o adotou. Comumente preferem abordagens gradativas ou que pouco afetem a rotina sólida da empresa. Retardatários: São aqueles que costumam demonstrar aversão e contrariedade em adotar inovações e mudanças. Parte deles só adota novidades, quando há uma imposição ou não há outros caminhos de manter o “tradicionalismo” de suas tarefas. Falhas e Abismo: estas lacunas representam empecilhos ou qualquer outro motivo que prive as empresas de adotarem inovações; desde indisposição para conhecer as aplicabilidades das novas tecnologias ou o tempo que dedicam se especializando e transmitindo conhecimento para que o resto da equipe se adapte e comece a utilizá-las com mais segurança. Esta curva proposta e discutida por Moore reforça dentro das variáveis demográficas não só o poder de compra, mas as razões que fortalecem tal ocasião, assim como o interesse de compra. O poder de compra está extremamente ligado a receita patrimonial de cada organização, como também a receita dedicada para variados serviços. Considerando que o montante de cada empresa pode variar, de acordo com o bem ou serviço que ela oferece para a sociedade, podemos usá-la como um parâmetro novo, que assim como as variáveis geográficas e demográficas, permite distribuir o mercado em segmentos, de acordo com seus números. RECEITA ANUAL POR CLIENTE: UMA VARIÁVEL INOVADORA PARA A SEGMENTAÇÃO DE MERCADO CONTÁBIL A receita anual por cliente ou, como conhecido internacionalmente, ARPA (sigla para Average Revenue per Account) é uma métrica que avalia possíveis lucratividades, de acordo com a receita manifesta por cada conta de cliente em um determinado período, preferencialmente por ano. Essa variável costuma ser utilizada para analisar clientes-empresa que fornecem serviços por assinatura, como por exemplo bancos, empresas de telecomunicação e mais recentemente, alguns serviços de streaming, que operam para seus clientes, mediante algum tipo de contrato. Mesmo ainda não sendo reconhecida como uma métrica padronizada pelo GAAP (Princípios Gerais Aceitos pela Contabilidade) e pela IFRS (Padrões Internacionais para Relatórios de Contabilidade), a ARPA tem se tornado presente nas discussões e demonstrações de muitas empresas, sempre fomentadas por dados significativos e relevantes para manutenção da competitividade das empresas relacionadas. Christopher Janz (2017) criou uma ilustração ao mesmo tempo curiosa e interessante para demonstrar como caberia a segmentação de mercado através da ARPA. Baseado no interesse de muitos contadores em ser parte de uma sociedade, cujo serviço contábil é de 100 milhões de dólares, Janz distribui os clientes da seguinte maneira: no eixo x está o número de clientes necessários para que se atinja os 100 milhões, considerando a receita anual de cada cliente, expressa pelo eixo y. Figura 3 – Raciocínio Logarítmico entre clientes e ARPA. FONTE: Dias Duarte, 2017. Disponível em: https://www.robertodiasduarte.com.br/8-maneiras-construir-servico-contabil-de-100-milhoes/ As representações dadas por Janz na ilustração de sua escala exemplificam para muitos contadores e equipes de Marketing como segmentar o mercado e classificar os seus clientes. É preciso, muitas vezes, avaliar se a empresa a qual o serviço é oferecido é realmente relevante e se traz grandes contribuições para o faturamento e desenvolvimento da organização, pois a receita que este consumidor traz para a organização pode influenciar na energia necessária para captação e conquista de novos clientes. Considerando os animais escolhidos para ilustrar as intersecções dos eixos e seus significados, pode listar-se o seguinte: Micróbios: são necessários 100 milhões de usuários, consumidores ou compradores que paguem o menor valor possível (representado nos eixos por $1). É, possivelmente, a maneira mais difícil e trabalhosa de atingir uma meta tão grande, uma vez que devido ao baixo preço, as empresas se debatem com uma competitividade maior; Moscas: para alcançar o valor teto mencionado, são necessários pelo menos 10 milhões de consumidores ativos investindo cerca de $10 no bem ou serviço oferecido pela empresa. Em tempos de tecnologia e informação virtual, as maneiras mais “ativas” de atingir estes números são com serviços crucialmente essenciais ou estimular uma necessidade de tráfego/consumo grande, como exemplo deste segundo, podem se mencionar as plataformas de veiculação de informações, notícias, comunicação e multimídia. O Instagram e o WhatsApp poderiam ser listados como parte destes serviços, principalmente o segundo, logo quando entrou no mercado e contava com uma taxa anual simbólica para manutenção dos serviços; Ratos: é preciso investir em um milhão de consumidores disponíveis a pagar cerca de $100 por ano na aquisição de algum serviço. Assim como para o grupo anterior, para alcançar este número de clientes e mantê-los, o serviço oferecido deve ser ágil, intenso, útil e importante a longo prazo. Dentro dos possíveis serviços essenciais para este nicho, podem ser exemplificados alguns domínios de e-mail, que são de grande importância para algumas companhias, como também serviços e aplicativos disponíveis para empresas e pessoas físicas, tais quais o Evernote e Dropbox. Coelhos: 100 mil clientes que possam investir até $1000 por ano, é o que as empresas segmentadas no grupo “coelhos” precisam para atingir um serviço contábil de 100 milhões. À partir deste nicho já é possível observar um nível de dificuldade maior. Mesmo sendo a maior frequência no ramo virtual, maior parte das empresas tem dificuldade em encontrar e manter esta carteira, tanto pela competitividade, - uma vez que quanto maior a receita anual do cliente, mais atrativa ela é para os prestadores de serviços -, quanto pela ânsia deste cliente em investir o mínimo possível sem afetar sua produtividade Cervos: os cervos são considerados os nichos mais presentes no serviço contábil, porém para alcançar este perfil de cliente, muitas empresas acabam não percebendo que estão abrindo mão de captar novos clientes ou simplesmente estão perdendo força de venda e negociação; isso acontece, quando as organizações param de investir em estratégias digitais, online ou de franquia para caçar ou atender um número maior de “cervos”, afinal, não é tão simples ter 10 mil clientes que possam gerar $10 mil por ano, pois assim como acontece no nicho anterior – coelhos –, também há o risco de mantenimento do cliente na carteira, pelas mesmas razões. Elefantes: o animal escolhido para representar este nicho já indica que o porte destas empresas é avassalador. Comumente, são organizações cuja parcela de receita quista pelos fornecedores - $100 mil anuais – é bem menor em comparação ao investido por tais clientes com o salário anual de sua equipe. Brontossauros e Baleias: os últimos animais representados na escala de eixos proposta por Janz exemplificam a possibilidade de atingir um serviço contábil alto – os $100 milhões – a partir de um grupo pequeno de clientes, cuja receita tem um volume anual, também alto. Em geral, estes últimos nichos são utilizados para reforçar como é possível fragmentar mais e mais o mercado e a carteira de clientes, para que se possa bolar estratégias mais detalhadas, principalmente para as empresas que já alcançaram ou pretendem chegar ao grande, sem deixar de inovar. Para melhor esclarecer o que esses animais representam para o mercado contábil, podemos fazer uma alegoria, comparando os escritórios à caçadores. O caçador que se aventura em uma região, ciente de quais animais estão presentes e qual quer perseguir, poupará energia e recursos em sua caçada; se seu objetivo é caçar cervos, ele não precisará investir em armadilhas para coelhos, que não lhe terão nenhuma serventia para o animal que pretende caçar. Com este exemplo, fica mais do que claro que para cada nicho, há um modelo de negócios específico. CONCLUSÃO De maneira voluntária ou não, grande parte dos escritórios de contabilidade no Brasil já realizam segmentações para atender os seus clientes. A segmentação geográfica é, possivelmente, a abordagem mais comum entre os profissionais, devido a simplicidade de dados que são necessitados, porém é nítido que à medida que o mercado evolui, só está variável é insuficiente para as equipes de Marketing realizarem prospecções e estratégias mais marcantes em meio ao mercado. Para a crescente competitividade que existe no mercado de serviços, objetividade é o mínimo que se espera para que os escritórios contábeis sejam mais produtivos e lucrativos. Segmentar o mercado, independente da variável acatada para fazê-lo, mostrará às empresas o quanto elas precisam se inovar e até mesmo, talvez, profissionalizar suas equipes, para atingir com melhor qualidade o público e as metas traçadas. A receita média anual tende a ser uma variável promissora para muitos escritórios, pois baseado no número de clientes filiados a estas empresas, é possível planejar-se, segundo o questionamento “qual é o ARPA que minha empresa busca?”; uma vez que está pergunta é respondida, sócios, gerentes e suas equipes poderão posicionar-se melhor, adotando a inovações e novas tecnologias, para o desenvolvimento de suas empresas. REFERÊNCIAS AUGUSTO, Marion Neves & JUNIOR, Oswaldo Almeida. "Marketing de relacionamento: a gestão do relacionamento e suas ferramentas para fidelização de clientes." Revista de Educação, Gestão e Sociedade: Revista Da Faculdade Eça de Queirós, n. 5, p. 1-17, 2015. BARBOSA, Aline Dos Santos; DIAS, Marcello Romani & WALCHHUTTER, Seimor. "Segmentação de mercado: análise de artigos sobre segmentação psicográfica." Administração de Empresas em Revista, v. 1, n. 10, p. 96-100, 2015. BOFF, Gabriel Rudi. "Instrumento de análise para segmentação de mercado LGBT: uma proposta com a inclusão das variáveis de identidade de gênero e orientação sexual.", 2017. DIAS DUARTE, Roberto. ACELERAÇÃO CONTÁBIL: 8 maneiras de construir um serviço contábil de R$100 milhões. Disponível em https://www.robertodiasduarte.com.br/8-maneiras-construir-servico-contabil-de-100-milhoes/. Acesso em 08 de Janeiro de 2021. DIAS DUARTE, Roberto. ACELERAÇÃO CONTÁBIL: A ciência comprova: seu escritório contábil já atua de forma segmentada. Disponível em https://www.robertodiasduarte.com.br/ciencia-comprova-escritorio-contabil-segmentacao/. Acesso em 09 de Janeiro de 2021. DIAS DUARTE, Roberto. ACELERAÇÃO CONTÁBIL: Segmentação de clientes para seu escritório contábil com ciclo de inovação de Moore. Disponível em https://www.robertodiasduarte.com.br/segmentacao-de-clientes-com-ciclo-de-inovacao-de-moore-para-seu-escritorio-contabil/. Acesso em 08 de Janeiro de 2021. FERREIRA, Francis Haime Giacomelli. "Segmentação de mercado." Biblioteca Temática do Empreendedor, 2000. JANZ, Christoph. Five ways to build a $100 million business. Disponível em http://christophjanz.blogspot.com.br/2014/10/five-ways-to-build-100-million-business.html, acesso em novembro de 2017. KOTLER, P. & ARMSTRONG, G. Principles of Marketing. Upper Saddle River, NJ, Prentice Hall, 1994. MOORE, Geoffrey A. CROSSING THE CHASM: Marketing and Selling Technology Products to Mainstream Customers. New York, N.Y.: HarperBusiness, 1991. PINTO, Juliana Guth. "MARKETING CONTÁBIL: análise da perspectiva dos contadores do Estado do Rio Grande do Sul sobre uso de estratégias de marketing de serviços.", 2017. PORTER, M. E. The Competitive Advantage: Creating and Sustaining Superior Performance. NY: Free Press, 1985. WILKIE, William L. CONSUMER BEHAVIOUR. John Wiley & Sons Canada, Limited, 1990
O trabalho do profissional em um escritório de contabilidade pode ser repetitivo, maçante e burocrático. Ao lidar com documentos, atas, tabelas e outros arquivos, sejam eles digitais ou impressos, o contador utiliza um tempo que poderia ser usado de maneira mais estratégica. Por isso, vamos falar hoje sobre a automatização de processos na otimização de tempo dos colaboradores de escritório de contabilidade. Se você está interessado neste assunto, acompanhe conosco! A tecnologia a serviço da eficiência de sua empresa A tecnologia tem sido aliada de milhões de empresas no mundo todo, de diferentes áreas de atuação, com escopos diversos e portes do micro ao mega.Ela também tem sido uma importante ferramenta para os escritórios de contabilidade terem menos custos, mais eficiência e melhores resultados. Como um trabalho essencialmente presencial e documental, a contabilidade gera uma carga imensa de informações que precisam ser sistematizadas, organizadas, disponibilizadas, publicadas e hierarquizadas. A lida manual com todos esses dados custa tempo e pode ocupar boa parte da jornada diária de um profissional de contabilidade, prejudicando a eficiência do escritório. Contudo, escritórios de contabilidade não são apenas empresas burocratas. Há muita inteligência de negócio, estratégia, planejamento financeiro e outras ações que exigem uma inteligência estritamente humana, cognição, poder de decisão, experiência e até mesmo um grau de subjetividade que não podem ser replicados por máquinas – pelo menos até agora. Mas como os colaboradores de seu escritório de contabilidade terão o poder de ação e decisão se estão presos para lidarem com uma tonelada de tabelas, ofícios, atas, documentos fiscais e outros arquivos? Deixar o trabalho burocrático e repetitivo para um humano fazer em um escritório de contabilidade significa jogar dinheiro fora e desperdiçar o tempo dos seus funcionários, especialmente os que tenham maior grau hierárquico. A automatização do seu escritório de contabilidade pode ser mais simples do que se imagina. O primeiro passo é selecionar um software de gestão especializada na administração de escritórios contábeis. Prefira aplicativos de empresas que você conhece e confia, com certificações de segurança, dados criptografados e constante processo de inovação em soluções. Esses programas costumam ser comercializados no formato Saas – Software As a Service: a sua empresa pode ou não pagar uma taxa de implementação/migração e depois paga taxas mensais para a manutenção do sistema no escritório. Normalmente, o valor é calculado de acordo com a quantidade de colaboradores que a empresa possui. Com dados na nuvem, esses programas oferecem uma sólida segurança de dados, não comprometem a estrutura informacional de seu escritório, porque utilizam servidores hospedeiros on-line, além de permitir que os colaboradores trabalhem de qualquer lugar que possua acesso a internet. Em tempos de popularização do home office, juntar automatização e teletrabalho pode ser uma boa combinação. Como exatamente a automatização otimiza o tempo dos seus colaboradores? Os softwares de gestão para escritórios de contabilidade acompanham as exigências legais e estão em constante inovação para que assim possam atender as demandas dinâmicas deste mercado. Uma das prioridades desses aplicativos é a otimização do tempo e do trabalho dos colaboradores, e isso acontece principalmente das seguintes maneiras: Organização de processos de gestão A automatização dos escritórios contábeis promove uma maior organização dos processos gerenciais dos colaboradores sem que seja necessária uma intervenção humana para isso. À medida que os colaboradores realizam suas tarefas, os sistemas atualizam automaticamente os status das ações, permitindo aos funcionários desempenhar novas atividades no mínimo de tempo. Sendo assim, o escritório tem maior controle das tabelas dos clientes, em tempo real. Você, gestor ou proprietário, tem uma visão ampla e atualizada do que cada colaborador está fazendo, para qual cliente, qual o prazo para terminar e se há objeções ou obstáculos que precisam ser superados para a conclusão da ação. Com essa organização, os colaboradores podem trabalhar de maneira mais autônoma, sem depender das ordens dos líderes diretos ou de coordenadores de setor, realizando balancetes, notas fiscais e outras atividades de forma digital em tempo recorde. Menos riscos de perda e extravio de dados Um problema recorrente no trabalho de escritórios de contabilidade pouco ou não-automatizados é a perda e o extravio de informações e documentos. Como muitos destes arquivos têm validade legal, a perda de um documento de cliente ou até mesmo um memorando interno do escritório pode representar uma dor de cabeça, prejuízo ou retrabalho. Os sistemas de automatização para escritórios de contabilidade evitam esses erros ao promover uma transmissão unificada das informações. Além disso, permite acesso dos dados apenas aos colaboradores autorizados e seus gestores, de forma que o trabalho com estes documentos seja mais seguro e assertivo. Menos erros de execução na rotina do trabalho Atividades burocráticas e repetitivas, além de manter o seu colaborador ocupado por muito tempo, também o induz a cometer erros involuntários. Isso é muito comum, por exemplo, quando o funcionário está preenchendo uma planilha manualmente, adicionando cada um dos dados e aplicando as fórmulas no Excel. Imagina uma coluna de 100 células na qual é preciso fazer uma Soma ou Média. Se apenas uma destas cédulas for digitada incorretamente, a equação já terá alterações no resultado que podem prejudicar o seu trabalho. Se ele for verificar a conta para fazer uma prova real, levará o dobro do tempo. Os softwares de automação têm como uma das suas principais funções realizar o preenchimento automatizado de tabelas, planilhas, documentos, notas e balancetes. Atendendo aos parâmetros pré-definidos e arquivos já registrados, ele faz todas essas ações em frações de segundo, mantendo um registro atualizado para que o colaborador veja o que foi feito, caso queira verificar. Relatórios e indicadores A otimização promovida por softwares dessa natureza não se manifesta apenas sobre o trabalho do colaborador, mas também sobre a própria gestão de Recursos Humanos. Com a automação, o software gera relatórios e indicadores sobre o desempenho dos colaboradores. Isso permite às lideranças entender melhor as forças e fraquezas de cada funcionário. Diante disso, podem tomar as ações necessárias, como uma promoção, uma advertência, uma capacitação ou o desligamento. Quer saber mais sobre a gestão do seu escritório de contabilidade ou oportunidades de aquisição e fusão? Acesse outros de nossos conteúdos. Não deixe também de conferir nossos canais no YouTube e no Telegram.
Santa Bárbara do Oeste (SP) - Embora enraizada na mais pura tradição familiar, a ETECON Contabilidade não pode ser confundida com aqueles empreendimentos fadados à inevitável decadência ao longo do tempo, quase sempre restringindo sua razão de ser à mera subsistência dos sócios. Investimento em Programas de Qualidade para Empresas Contábeis Prova disso está na Certificação pelo Programa de Qualidade de Empresas Contábeis (PQEC), do SESCON-SP, obtida há 13 anos seguidos, assim como a conquista da ISO 9001/2008, em 2016, com up grade para a versão 2015 apenas dois anos depois. Vale ressaltar ainda a conquista do selo CSI – Certificado de Segurança da Informação no ano de 2019, consolidando um árduo trabalho de proteção dos dados dos clientes, matéria prima para a prestação dos serviços contábeis com eficácia e eficiência do sistema de gestão da qualidade, adotado pela empresa desde o início das certificações. No DNA: aprendizado permanente Por trás de toda essa rota ainda ascendente, quase 43 anos após a decolagem, está o valor atribuído pela direção da Etecon ao ato de aprender sempre, ímpeto que levou todos os seus integrantes a estudar Contabilidade, e fazer da presença em palestras e workshops – combinada às boas leituras sobre o tema – uma prática constante. Foi este perfil, aliás, que acabaria levando a empresa a se interessar pela mentoria do Roberto Dias Duarte (RDD), justamente num momento de grandes transformações internas, marcado pela substituição do sistema contábil utilizado para atender seus clientes; utilização de plataforma em nuvem e, principalmente, a decisão irremovível de oferecer ao mercado uma prestação de serviços de caráter consultivo, bem à frente do mero cumprimento das exigências fiscais. Além do Big Brother Fiscal “Já na primeira reunião percebemos claramente que ele era muito mais do que o homem do Big Brother Fiscal”, relembra Renato, ao justificar a decisão de incluir a mentoria do especialista entre os aspectos essenciais para continuar evoluindo. “Hoje, trouxemos este trabalho para o campo dos nossos Recursos Humanos, ao constatar a necessidade de trabalhar habilidades comportamentais como empatia, resiliência, transparência e atendimento”, acrescenta o jovem empresário de 35 anos, cuja formação acadêmica - além de Ciências Contábeis – abrange Engenharia de Controle e Automação, com mestrado em Engenharia de Produção. Em 2021 investimentos no processo comercial Inevitavelmente afetada pela pandemia do COVID-19, a exemplo de todos os empreendimentos do Brasil e do mundo, frente a esta crise que ainda parece longe do fim, a Etecon vem amenizando tudo isso ao colher os frutos do alto nível de excelência oferecido até aqui nos seus serviços. E planeja novos saltos para o ano que se aproxima. “Em 2021, voltaremos a atuar mais fortemente de dentro para fora, isto é, redesenhando intensamente nosso processo comercial”, revela Renato Monaro, ao dar um spoiler de mais uma lição de casa sobre a qual o RDD também estará debruçado. Por Wagner Fonseca – www.reperkut.com.br
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), nº 13.709/2018 , surgiu da necessidade de proteger dados e informações pessoais e empresariais em meios físicos e digitais que devem ser mantidos em sigilo por pessoas físicas e jurídicas. Os escritórios de contabilidade lidam diariamente com informações de clientes, surgindo daí a necessidade de se adaptarem a esta nova realidade. São vários os aspectos jurídicos que justificam essa nova abordagem quanto aos dados pessoais dos cidadãos, que vão desde a proteção do seu direito fundamental à segurança e à privacidade como ao livre desenvolvimento da personalidade. Certo é que a lei se preocupa com a proteção dos dados que são coletados por outras pessoas ou empresas para evitar maiores danos ao cidadão. Neste artigo, vamos entender o que diz a LGPD e como o seu Escritório de Contabilidade pode se adaptar para cumprir aos mandamentos de proteção de dados e oferecer um serviço mais seguro e confiável ao seus clientes. O que diz a LGPD Já identificamos que a LGPD se trata de uma lei para a proteção de dados de pessoas físicas e jurídicas que são coletadas por outras pessoas, empresas e órgãos institucionais. Mas o que diz a lei exatamente? A quem se aplica a LGPD A primeira coisa a se destacar quanto à LGPD é à sua aplicabilidade e quem deve obedecer à LGPD? De acordo com o texto da lei, as suas regras são aplicadas a todas as empresas que coletam, armazenam e processam dados, seja na forma física ou digital (ou seja, independe do meio pelo qual esses dados são tratados). Note que a lei informa três verbos: coletar, armazenar e processar dados, e todos esses verbos indicam ações diárias dos profissionais de contabilidade em relação aos dados de seus clientes, reforçando daí a importância dos Escritórios de Contabilidade se adequarem à nova lei. Outro ponto importante que precisa ser destacado é que a LGPD é aplicável a pessoas ou empresas, independentemente de sua sede ou do país em que estão localizadas, considerando que os dados tenham sido coletados em território nacional; a operação de tratamento seja realizada no Brasil; ou com objetivo a oferta ou fornecimento de bens ou serviços para pessoas no Brasil, se tornando uma lei importantíssima a ser observada nos procedimentos internacionais. A quem NÃO se aplica a LGPD? Importa ressaltar que não são só as empresas que precisam se adequar a lei: qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, que colete, armazene e/ou processe informações devem respeitar aos mandamentos da LGPD. Entretanto, a lei faz ressalvas sobre a sua aplicação. Em poucas palavras, são estas as situações em que a LGPD não se aplica quando há coleta, armazenamento ou processamento de dados: • Quando os dados pessoais são coletados por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos. • Realizado para fins exclusivamente jornalísticos, artísticos ou acadêmicos; • Realizado para fins exclusivos de segurança pública e defesa nacional. O que é dado pessoal? Como dissemos, a lei visa proteger dados pessoais, então é importante entender o que a lei define como dado pessoal. Segundo a LGPD, dado pessoal é qualquer informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável, como nome, endereço, data de nascimento, opinião política, ou mesmo dados como informações sobre saúde ou vida sexual, dados genéticos ou biométricos. A palavra-chave aqui para se ter segurança ao proteger os dados de seus clientes é “identificável”. Por exemplo, também são dados pessoais endereços de e-mail, dados de localização, identificadores de cookies em sites, etc., portanto é importante destacar esta palavra, pois a lei deixa em aberto inúmeras possibilidades que podem se encaixar neste contexto – identificável. É importante notar a amplitude da proteção dessa lei: não se trata apenas de dados dos clientes, mas de quaisquer dados pessoais coletados, sejam de clientes, fornecedores, funcionários, etc. Destacamos estes conceitos por serem os conceitos mais abrangentes da nova lei e que vão ajudá-lo a entender o passo a passo de como adaptar seu Escritório de Contabilidade à LGPD. Como adaptar o seu Escritório de Contabilidade à LGPD Considerando que os Escritórios de Contabilidade lidam diariamente com inúmeros dados pessoais, é necessário que sejam adotados alguns mecanismos internos para se adequar à LGPD, principalmente quando consideramos a obrigatoriedade de se gerar evidências documentais para provar o funcionamento eficaz da proteção dos dados que seu escritório coleta. Organizando os dados coletados Já definimos o que são os dados pessoais e quais tipos de dados devem ser protegidos de acordo com a nova lei e a primeira etapa para se organizar é identificando quais dados seu escritório coleta e como eles são tratados dentro do seu escritório. Então, a ideia aqui é identificar e documentar todos os tipos de dados pessoais coletados, considerando a sua origem, a sua forma de armazenamento (software, disco rígido, etc.). Aqui é o momento de averiguar e definir como esses dados serão processados, quem terá acesso a eles e por quanto tempo seu escritório manterá estes dados armazenados. A palavra de ordem aqui é segurança dos dados. Uma das opções mais seguras a serem adotadas pelos Escritórios de Contabilidade é a adoção de um serviço de software ou nuvem que permite este armazenamento e controle. Entretanto, é de extrema importância que você pesquise bem sobre a reputação e sobre as políticas de privacidade dos provedores destes serviços e averiguar o nível de segurança que eles realmente oferecem. A questão do consentimento É extremamente importante que seu escritório adote meios eficientes e transparentes para coletar o consentimento do titular dos dados que serão coletados – só esta pessoa pode dar este consentimento, que deve ser explícito e, sempre que possível, reforçado. Controlador e operador Já mencionamos que deverão ser definidas quem pode ter acesso a estes dados, e é aí que surgem as figuradas do controlador e do operador, de acordo com a LGPD. O controlador é aquele direcionará o que deve ser feito com os dados, enquanto o operador vai lidar com estes dados na prática. Essa definição é importante porque delimita o acesso às informações, oferecendo maior segurança dos dados em si e maior segurança jurídica tanto pro profissional como para o Escritório. Comitê de segurança da informação Os escritórios de contabilidade também devem criar um Comitê de Segurança da Informação. Sua função é avaliar a eficácia das medidas de proteção adotadas pelo escritório, sejam em relação aos dados dos clientes ou os do próprio escritório. Este comitê deve garantir que o seu escritório está agindo de acordo com o determinado pela lei, sugerindo também medidas de redução de exposição dos dados. Responsabilidade das terceirizadas É importante que o Escritório de Contabilidade exija de suas subcontratadas que elas se adaptem à LGPD no que se refere à proteção de dados, pois as terceirizadas também podem ser responsabilizadas em casos de vazamentos de dados O ISO 27701:2019 certificação da LGPD O ISO 27701:2019 é um certificado de padrão internacional para a proteção de dados, já aplicável ao Brasil. Na verdade, já existia a ISSO 270001:2013, mas a segunda vem complementar esta primeira para garantir o compliance com a LGPD. Obter o selo de certificação ISSO 27701:2019 é uma excelente forma de garantir que sua empresa está adotando todos os procedimentos necessários para garantir a segurança de dados dos seus clientes, o que é um grande atrativo para se conquistar um maior público que confia em seu Escritório de Contabilidade. Gostou deste conteúdo? 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A fusão e aquisição de empresa de contabilidade são dois dos principais processos pelos quais um negócio pode se desenvolver em potencial. São soluções que vêm crescendo bastante ao longo dos anos no Brasil, por diversos motivos, mas que acabam gerando dúvidas, visto que ambos os conceitos são parecidos. Para quem é dono ou diretor em uma empresa de contabilidade e que quer vê-la crescer, dominar os conceitos é essencial. Afinal, você pode entender o que faz mais sentido para cada momento e ter o melhor escritório possível depois do processo. Então, continue lendo o post para entender de uma vez por todas as diferenças entre fusão e aquisição de empresa de contabilidade. Quais são os conceitos de fusão e aquisição de empresa de contabilidade? Usar esses termos como sinônimo é um erro, já que existem grandes diferenças entre eles. A confusão existe pois ambos os processos se dão a partir da “união” de duas empresas, mas resultados e processos variam bastante. Primeiro, a fusão de empresas de contabilidade acontece quando existe uma permuta de ações entre dois negócios. É um processo que tende a acontecer com empresas de mesmo porte, mas não necessariamente. No caso, a permuta de ações resulta em um negócio novo. É comum que ambas as empresas anteriores deixem de existir juridicamente para dar origem a uma nova. Já a aquisição de empresas de contabilidade ocorre quando uma compra as ações da outra, total ou parcialmente. É um processo de negociação que pode levar a empresa comprada a deixar de existir. A compradora continua existindo normalmente, integrando as operações da empresa comprada. Como ocorrem a fusão e aquisição de empresas de contabilidade na prática? Além da diferença conceitual, ainda existem outras distinções entre ambos os processos. Por exemplo, é mais comum que a fusão ocorra a partir de empresas que têm uma atuação em comum. Imagine dois escritórios de contabilidade que querem se fundir para criar um terceiro maior. Na aquisição isso pode acontecer, mas não é o mais comum. Uma aquisição pode ser feita por empresas de outro setor, dentro ou fora do segmento. É uma decisão estratégica, que busca aumentar o alcance da empresa no mercado. Imagine, por exemplo, um grande escritório que compra um escritório menor com especialidade em contabilidade para profissionais de saúde. É uma forma de tornar a empresa mais forte e cobrir um ponto cego. A última grande diferença entre os modelos é em relação ao pagamento. Na fusão, geralmente ocorre uma simples permuta de ações, de modo que uma empresa passa a fazer parte da outra. Na aquisição, o pagamento pode ser por títulos, dinheiro ou ações. Quanto à escolha da opção, depende muito de cada caso. O aumento da competitividade e o crescimento da tecnologia são dois grandes fatores para acelerar esses processos. Empresas mais tradicionais, por exemplo, têm um grande volume de clientes, mas acabam fazendo fusões ou aquisições com empresas mais jovens para incorporar seu domínio da tecnologia. O que é preciso avaliar ao fazer fusão e aquisição? Agora que ficou claro a diferença entre fusão e aquisição e quando cada um pode ser mais interessante, é importante entender o que é preciso avaliar para que o processo seja realmente benéfico. Normalmente, é comparado: Carteira de clientes;Posicionamento no mercado;Tempo de atuação;Capital humano;Cultura da organização;Estrutura financeira. É claro que sempre é importante fazer essa avaliação mais geral, mas cada caso tem suas particularidades. Por exemplo, a fusão é um processo similar para ambas. As empresas avaliam uma a outra, estudam os impactos no mercado e planejam processos internos. Esse último ponto é crucial do ponto de vista dos stakeholders, de modo que o impacto é limitado e a transição tranquila. Na aquisição, é natural que a empresa compradora faça uma avaliação mais criteriosa. Como é um processo de compra e venda, cabe muito espaço para a negociação, o que significa que pode valer a pena trazer uma consultoria independente. A proposta precisa fazer sentido quantoo à situação real da empresa comprada. Na outra ponta, a empresa comprada também precisa fazer uma avaliação bem realista do quanto ela vale atualmente e no futuro, para conseguir um valor que seja justo, mas realista. Como ficam as empresas após o processo? Outra diferença é na situação pós-processo. Na fusão, as duas organizações dividirão a gestão da empresa. Isso significa que é preciso que a nova estrutura da organização esteja muito clara, antes da assinatura do contrato. Por outro lado, na aquisição, a responsabilidade da empresa comprada acaba no momento em que o contrato é assinado. Tanto a gestão da empresa como as responsabilidades referentes a ela, fazem parte do comprador. Também é preciso entender como serão as novas operações da empresa ao final do processo. É algo que precisa ser feito com muito cuidado, já que atuações podem resultar em processos duplos ou até mesmo divergentes. Essa decisão também deve ser tomada a partir da avaliação de cada negócio. O ideal é incorporar as melhores vantagens de cada um. É aqui que muitas empresas falham. Empresas podem exigir que os processos sejam os mesmos que sempre foram, o que acaba prejudicando os resultados da outra parte. O que pode levar a fusão e aquisição de escritórios de contabilidade? Por fim, vamos discutir os possíveis motivos que levam a esses processos. É claro que, na prática, os motivos são praticamente infinitos. Porém, eles geralmente se enquadram em 3 grandes categorias. Talento dos sócios As fusões são uma das principais formas de adquirir talento nesse mercado. Profissionais talentosos são extremamente valiosos, e esse processo é uma forma bem eficiente de atraí-los. Serviços nichados ou especializados Já demos esse exemplo acima, mas fusões ou aquisições podem ser uma ótima forma de reforçar um nicho atendido pela empresa ou de ajudá-la a alcançar um novo. Geografia Empresas, especialmente as maiores, têm planos de crescimento regional. Por exemplo, um grande escritório do Rio de Janeiro pode expandir para São Paulo, Belo Horizonte e outras capitais. Uma forma bem eficiente de fazer isso é por meio de fusões ou aquisições de empresas já fortes nesses locais. Percebeu as diferenças entre fusão e aquisição de empresas de contabilidade? Apesar de parecidos, são situações únicas, com consequências e processos distintos. Agora que você já conhece as diferenças, pode aplicá-los melhor nas estratégias da sua empresa. Gostou do post? Então assine nosso canal no telegram para ficar por dentro de todas as novidades!
Se existe algo que vai ficar para a história do século XXI, esse algo é, sem sombra de dúvida, a pandemia do Coronavírus. Muitos historiadores e especialistas afirmam que essa crise mundial é o marco do século e finalmente inaugura essa nova caminhada da humanidade. Assim como o século XX só começou depois da primeira guerra mundial, a nossa era acaba de iniciar-se. Todos nós fomos afetados de alguma forma, seja profissionalmente ou pessoalmente. Evidente que, depois das vítimas, os mais afetos pela pandemia foram os setores trabalhistas, principalmente o turismo, as artes, o comércio não essencial e todas as atividades que de alguma forma ocasionariam uma maior disseminação do vírus. Todavia, você já se perguntou como essa crise sem precedentes na história recente tem afetado um dos setores vitais para nossa economia: o setor contábil? Engana-se quem acha que essa área passou incólume pelas consequências dessa nova cepa Sars-Cov-2, aliás, a contabilidade foi umas das áreas que mais sofreram os impactos dessa crise. https://www.robertodiasduarte.com.br/fusoes-aquisicoes-covid-19/ Se você deseja se informar um pouco mais a respeito de como a crise do corona vírus afetou a contabilidade, fique com a gente e confira no artigo a seguir os impactos da pandemia no setor contábil. Acompanhe! Os impactos da pandemia no setor contábil Tendo em vista que o mundo funciona dentro de uma economia de mercado, viva e pulsante, não é possível partir direto para os efeitos do coronavírus no setor de contabilidade sem antes passarmos por uma breve retrospectiva de fatos impactantes na economia e as respectivas medidas tomadas por governos no Brasil e mundo afora. Isso é necessário, pois, como já foi mencionado, a economia de mercado é uma só e estende os seus tentáculos por toda superfície terrestre. Sendo assim, qualquer ruído em um setor evolui para um estrondo do outro lado do mundo. É o conhecido efeito dominó. E quais foram esses primeiros ruídos? Bem, você deve se lembrar que um dos primeiros sintomas de que o mercado não estava indo bem foi a queda significativa das bolsas de valores mundo afora. No Brasil, o Ibovespa registrou o acionamento do temido Circuit Breaker por pelo menos cinco vezes no mês de março, gerando caos e incerteza sobre a economia no ano que se iniciava. https://www.robertodiasduarte.com.br/covid-19-cura-para-os-cnpjs/ Após a declaração de estado de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente todos os aeroportos e portos mundiais foram fechados ou funcionaram com certa restrição. A alta do dólar chegou a patamares nunca vistos antes e a moeda passou da marca de 5 reais. Esse distúrbio, nunca visto na história da aviação, trouxe os números de viagens nacionais e internacionais a praticamente zero, gerando fortes consequências em cascata. Evidentemente que, uma dessas principais consequências foi o aumento mais que significativo no número de desempregados, não só no Brasil como também em todas as partes do globo. No meio de tanto caos e incerteza, obviamente que os governos não poderiam deixar de tomar alguma atitude para que o sistema financeiro não entrasse em colapso e aumentasse ainda mais a taxa de desemprego e desigualdade pelo país. Mas você sabe me dizer quais foram essas medidas? Se você não se lembra, continue nos acompanhando que logo em seguida traremos as informações para refrescar a sua memória! https://www.robertodiasduarte.com.br/tendencias-da-contabilidade-no-mundo-pos-covid-19/ Principais medidas adotadas pelo governo para minimizar os ecos da pandemia Diversas medidas voltadas para que fosse possível amenizar os impactos negativos dessa nova variante do corona vírus forma tomadas por governantes de diversas nações. No Brasil, o governo federal, além dos estados e municípios, porém em escala regional e sob a guarda da constituição, executou algumas medidas visando proteger o empregador e o empregado nessa situação de crise. Desse modo, em abril de 2020, as providências que seriam tomadas ficaram explícitas na Medida Provisória decretada naquele mês. Assim, basicamente, o que o governo propôs para evitar maiores danos foi: 1. Uso do Banco de Horas Uma das medidas para diminuir o impacto do Sars-Cov-2 no setor contábil foi a liberação do uso do Banco de Horas, juntamente com uma interrupção total ou parcial das atividades. 2. Auxílio na folha de pagamento Haja visto que com menos arrecadação de fluxo de caixa, o governo achou de bom tom auxiliar na folha do pagamento das pequenas e médias empresa. 3. Fundo de Garantia congelado Para aliviar o bolso do empresário, o governo também executou a suspensão do FGTS por noventa dias. 4. Direito a férias Houve uma permissão para que funcionários que, mesmo sem alcançar o período necessário para obter esse direito, puderam adiantar férias ou negociar diretamente com o patrão como agir nesse momento. https://www.robertodiasduarte.com.br/gestao-e-estrategias-do-empreendedorismo-na-contabilidade-pesquisa-2020/ Impactos na contabilidade Mesmo assim, apesar de alguma interferência do governo em prol da economia, ainda houve alguns impactos significativos no setor, tais como: • Jornadas de trabalho bagunçadas Como houve uma flexibilização para a negociação direta entre patrão e empregado, também houve uma diferenciação nas horas de jornadas de trabalho, o que pode ter ocasionado certa confusão no setor. Além disso, muitos profissionais tiveram que se familiarizar com ferramentas digitais que até então não tinham travado contato. • Queda para alguns, alta para outros. A fim de evitar aglomerações e saídas desnecessárias, muitos serviços de contabilidade presenciaram uma vertiginosa queda, principalmente aqueles relacionados a declaração do Imposto de Renda que, embora seja mais seguro realizá-lo com o auxílio de um contador, nada impede o contribuinte de realizá-lo sozinho. Por outro lado, empresas mais amadurecidas empresarialmente aumentaram a demanda por informações sobre a gestão: custos, vendas, estoques, fluxo de caixa, ativos. Muitos empreendedores que no tempo das "vacas gordas" não deram atenção à gestão, começaram a se preocupar com os números de suas empresas. Este movimento aumentou significativamente a demanda por serviços consultivos na contabilidade. Escritórios que já estavam no mundo da contabilidade digital e prestando serviços consultivos aproveitam até hoje o aumento da demanda. Há escritórios de contabilidade que cresceram 50% em receitas no ano de 2020. Alguns cresceram tanto que há fila de espera para clientes! • Inadimplência em ascensão O efeito cascata da pandemia gerou uma consequência gravíssima: o aumento da inadimplência. Se já era grande o numero de inadimplentes, com a pandemia isso se tornou mais evidente. A inadimplência aumentou de forma relevante para escritórios de contabilidade que atendem setores mais sensíveis à pandemia, como: turismo, bares, eventos, etc. Como citado anteriormente, escritórios que já estavam preparados para a contabilidade consultiva e contabilidade digital sofreram pouco ou quase nada com a inadimplência. • Contador sobrecarregador Indubitavelmente, os profissionais da contabilidade ficaram mais sobrecarregados. Apesar de toda a flexibilização de horários e de jornadas, um dos efeitos dessa crise foi que enquanto uns diminuem o ritmo, outros aumentam. Assim, um dos setores que mais ficaram sobrecarregados nessa pandemia foi o contábil, tendo em vista que o aumento pelas consultorias disparou nesse momento tão delicado. A diferença é que escritórios com serviços digitais consultivos tiveram aumento de trabalho e receitas. Gostou do artigo de hoje e gostaria de se aprofundar ainda mais nesses e em diversos outros assuntos do tema? Entre em nosso site e navegue pelo nosso conteúdo! De quebra, você ainda pode se inscrever em nosso canal no YouTube e no Telegram para ficar ainda mais por dentro das novidades do mundo da contabilidade!
Um bom profissional é aquele que nunca para de aprender, não é verdade? Na contabilidade isso não é diferente. O mundo tem inovado e o setor também vem acompanhando essas mudanças tecnológicas. Você saberia dizer quais são as tendências para 2021? Primeiro de tudo precisamos entender o atual cenário que vivemos. Desde que o mundo parou por conta da pandemia do coronavírus em 2020, os diversos setores, entre eles, o contábil, precisaram se adaptar as mudanças de maneira rápida. Essa incerteza de quando tudo irá voltar ao normal gera certas dúvidas e expectativas para quem trabalha com o segmento de contabilidade. Nunca a sua profissão foi tão necessária para as empresas que buscam alternativas para se manterem vivas em meio a crise econômica. Mas por que o contador deve estar sempre um passo a frente? Bom, como o mercado empresarial enfrenta um momento de instabilidade, caberá a esse profissional estar preparado para lidar com os desafios que as empresas enfrentarão ao longo dos próximos meses. Mudanças no modelo atual? Uma das dúvidas dos contadores é quanto aos modelos atuais. Será que eles vão acabar ou serão mantidos? Com a tecnologia, eles perderão o seu valor? Hoje em dia existem dois tipos de modelos. Caberá ao contador decidir se estará contra ou a favor da tecnologia. Isso porque, o primeiro tipo que temos é aquele profissional que se limita ao se colocar apenas como uma pessoa que atua na elaboração de documentos e é responsável pelos cálculos de impostos de uma empresa. E é justamente ele que tem o maior receio ao acreditar que a tecnologia pode vir a te substituir. O medo ocorre porque hoje em dia já foram criadas diversas ferramentas que exercem essas funções de forma automatizada e que antes eram feitas manualmente por uma pessoa. Se for olhar por esse lado, talvez essa preocupação faça sentido. Até porque a tendência é que ele perca o seu lugar no mercado por conta disso, caso fique restrito a desenvolver apenas as funções básicas da profissão. Contudo, isso não deve ser visto com pessimismo. O outro modelo do mercado de contabilidade vai muito mais além do que fazer cálculos. Nessa lógica, ocorre uma fusão e ele passa a focar no relacionamento e desenvolvimento dos processos, ou seja, a tecnologia deixa de ser uma ameaça e passa a se tornar uma aliada. Se por um lado as ferramentas irão facilitar a execução dos processos, por outro cria-se uma necessidade de ter alguém preparado para fazer o seu uso. É aí que entra o contador. Por isso não basta ter apenas um diploma. O profissional de contabilidade deverá estar capacitado para entender do atual cenário econômico e tudo que há de inovador. Conhecer bem sobre a empresa na qual está trabalhando é fundamental para que se evitem erros e as decisões tomadas sejam as mais assertivas. Entender de estratégia será um diferencial e poderá te colocar na frente diante da concorrência. Diferencial é tudo Como já mencionamos, ser inteligente apenas não basta. Tenha sempre algum diferencial. Os profissionais plurivalentes tendem a se destacar. Por mais que você se sinta mais confortável exercendo a função em uma determinada área, pense que agora o mercado exigirá que você saia da zona de conforto e esteja aberto a novas possibilidades. Saber desempenhar diversas funções é um fator que o mercado levará em conta na hora de contratar um profissional. Tenha a mente aberta para aprender coisas novas e desenvolver outras atividades além da qual está habituado. Soft Skills Uma outra tendência cada vez mais em alta é o desenvolvimento das soft skills. Elas serão cada vez mais requisitadas no futuro. Mas afinal, o que é isso? Trata-se das competências relacionadas a personalidade e o comportamento de cada indivíduo. Elas se baseiam nas aptidões de cada pessoa, levando em consideração o âmbito emocional, mental e social. No ramo da contabilidade, habilidades como comunicação, criatividade, inteligência emocional, empatia, liderança e facilidade para lidar com gerenciamento de crises sob pressão estarão cada vez mais em destaque. Mundo digital A convergência para o mundo digital já não é mais uma expectativa, mas sim uma realidade. O contador precisa estar acompanhando essa migração para a internet. É importante que ele esteja adaptado a essa realidade. Com isso, use a ferramenta online como a sua grande parceira. Explore as inúmeras possibilidades. Desenvolva o vínculo com o seu público por meio da internet, principalmente das redes sociais. Crie uma relação mais próxima que agregue valores aos seus clientes e, se possível, disponibilize conteúdos que possam auxiliá-los e mostrar que você tem autoridade no assunto. O mundo digital pode se tornar uma grande vitrine do seu trabalho. Os escritórios de contabilidade estão, inclusive, já oferecendo serviços online que facilitam a comunicação com os clientes. Terceirização de serviços O mercado muda rapidamente e nem sempre a empresa terá tempo hábil para reagir e atingir os altos níveis de excelência esperados. Muitas vezes ela precisará cortar gastos. Em tempos de redução, manter um funcionário com vínculo empregatício pode ser tornar algo caro. Contudo, há determinadas funções que não podem ser dispensadas, que é o caso da contabilidade. Como a contratação efetiva desse profissional gera um custo, ainda mais se for preciso investir para que ele se atualize, as empresas acabam optando por terceirizar o serviço contratando escritórios de contabilidade. Acaba sendo mais interessante optar por uma pessoa que já esteja preparada e inteirada sobre o cenário atual do mercado para delegar algumas atividades específicas. Transformações digitais Uma coisa podemos afirmar: a pandemia foi um grande divisor de águas. Isso porque se antes a gente acreditava que teríamos tempo para nos adaptarmos as mudanças tecnológicas, depois dela, vimos que isso não seria mais uma realidade. Não há mais tempo a perder no processo de digitalização dos escritórios, ainda mais com a implementação do Sistema Público de Escrituração Digital. Há uma expectativa que as empresas maiores comprem os pequenos escritórios, formando uma grande rede que irá fornecer conhecimento de contabilidade e científico. Qual o primeiro passo para estar preparado? Se você é profissional da área e deseja estar preparado para lidar com as demandas que o futuro promete, invista em conhecimento na área de tecnologia e automação de processos. Isso vai lhe proporcionar um aumento na sua produtividade, além de te tornar uma pessoa mais eficiente e com menos proporção a erros. Essa busca pelo conhecimento irá te ajudar a se tornar uma pessoa mais estratégica, informada e pronta para identificar as melhores soluções para a demanda de cada cliente. O profissional vai precisar se reinventar para garantir o seu espaço no mercado de trabalho. Saber utilizar ferramentas que aumentam a produtividade e ofereçam melhores soluções, que realmente sejam eficazes para os clientes, poderá ser um diferencial para você. Atualize-se a todo momento sobre o mercado contábil. Fique atento as mudanças tributárias. Muitas empresas tendem a buscar na contabilidade soluções para evitar perdas financeiras ou se recuperar de uma crise. Veja sempre o cliente como um parceiro. Converse com ele, entenda as suas necessidades para que, juntos, possam buscar as melhores estratégias para melhorar o negócio dele. Lembre-se: isso vai exigir muita responsabilidade e conhecimento, afinal a empresa estará depositando a confiança dela na sua experiência. Se for o caso, torne-se um consultor, oferecendo apoio na gestão financeira. O contador poderá contribuir por meio da elaboração de relatórios com diagnósticos e análises de desempenho. Além disso, ele poderá, ainda, ser um grande aliado na hora de fazer o planejamento da empresa dando orientações e conselhos sobre o negócio. Como podemos notar, o mercado não para de mudar e de forma acelerada. Esteja sempre atento a isso e busque se preparar. Investir em você mesmo é uma maneira de se destacar e se tornar uma peça indispensável para um cliente ou empresa.
Os primeiros oito clientes, atendidos a partir do imóvel de um deles - uma oficina mecânica – se multiplicaram quase 50 vezes durante a trajetória da Conecta. Um caminho de sucesso que passaria ainda por mais um espaço compartilhado, antes de chegar à sede própria atual, que abriga 60 funcionários num total de 500 m² de modernas instalações. Números assim, colecionados a partir da fundação, em 2009, demonstram que algo de bastante especial acontece diariamente, quando a empresa dirigida por Adolfo Ciríaco e seus três sócios (Neto, Tailana e Thaisa) abre as portas para iniciar sua jornada de trabalho, dedicada a manter satisfeitos mais de 400 CNPJ. Profissionalização da gestão do escritório Para o empresário, não há dúvida: tudo isso tem sido obra de uma verdadeira obsessão por profissionalização constante, um processo que hoje conta com a parceria da RDD. “Sempre tivemos mentores, pessoas chaves em áreas como Inovação, Recursos Humanos e Planejamento Estratégico, trabalhando em sintonia com um comitê formado para coordenar todas essas ações”, conta Ciríaco. Com a chegada da nova mentoria, ele tem enxergado a perspectiva de otimizar todo esse avanço operacional para efetivar novos negócios, num momento que considera propício para o setor como um todo. “Nosso segmento é multidisciplinar, seus players mais bem-sucedidos buscam uma profissionalização crescente, e é justamente isto que nós podemos entregar”, justifica o contador de formação. O grande desafio: desenvolvimento humano No campo das ameaças, porém, ele identifica a dificuldade no recrutamento de mão de obra realmente capacitada para fazer face às muitas exigências do mercado atual. O mesmo ocorrendo com a persistência de certas “soluções mágicas, levando a se acreditar que as coisas sejam bem mais fáceis do que realmente são em nosso segmento”, analisa. Distorções assim ainda ocorrem, segundo Adolfo, pela prevalência da parte técnica na atividade, “deixando em segundo plano aquela mais sutil, composta por atendimento, resolução de problemas complexos, análise de risco e a capacidade de trabalhar sob pressão, talvez um dos diferenciais mais decisivos nos dias de hoje, no seu entender. Por Wagner Fonseca – MTb 15.155: www.reperkut.com.br
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